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Custo Efetivo Total (CET): O Que Você Realmente Paga em Um Emprendorimos

Custo Efetivo Total (CET): O Que Você Realmente Paga em Um Emprendorimos

25/11/2025 - 14:17
Maryella Faratro
Custo Efetivo Total (CET): O Que Você Realmente Paga em Um Emprendorimos

O Custo Efetivo Total, conhecido como CET, é a chave para desvendar os valores ocultos por trás de qualquer empréstimo ou financiamento. Mais do que uma simples taxa de juros, ele revela o custo total de uma operação de crédito e oferece clareza para o consumidor.

Entender o CET é fundamental para tomar decisões financeiras conscientes e evitar surpresas desagradáveis no futuro. Neste artigo, vamos explorar a definição, os componentes, a regulamentação e as melhores práticas para você comparar e escolher a oferta mais vantajosa.

O que é o CET e por que ele importa

O Custo Efetivo Total (CET) é um indicador expresso em percentual que reúne todos os encargos envolvidos em uma operação de crédito: juros, tarifas, tributos, seguros e demais despesas obrigatórias. Sua principal função é demonstrar quanto realmente será pago ao final do contrato, possibilitando comparações mais justas entre diferentes instituições financeiras.

Enquanto a taxa de juros nominal informa apenas o percentual cobrado sobre o valor emprestado, o CET engloba todos os custos adicionais do crédito. Dessa forma, um empréstimo com taxa de juros aparentemente baixa pode apresentar um CET elevado, caso as tarifas e seguros sejam muito onerosos.

Componentes que compõem o CET

Para entender o que faz parte do CET, é preciso conhecer cada elemento que encarece o crédito. A seguir, veja os principais componentes:

  • Taxa de juros nominal: percentual básico cobrado pelo empréstimo do valor.
  • Tarifas bancárias: taxa de abertura de crédito, cadastro e administração.
  • Seguros obrigatórios: seguro prestamista e outras proteções financeiras exigidas.
  • Impostos e tributos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e possíveis encargos fiscais.
  • Encargos operacionais e administrativos: custos de processamento e manutenção do contrato.
  • Outros custos contratuais: quaisquer despesas obrigatórias previstas no documento.

Cada um desses itens pode variar significativamente de uma instituição para outra. Por isso, a soma de todos eles gera o percentual efetivo que realmente impactará o bolso do consumidor.

Cálculo do CET e regulamentação histórica

O cálculo do CET utiliza uma metodologia semelhante à Taxa Interna de Retorno (TIR), envolvendo todos os fluxos financeiros do contrato, desde o desembolso inicial até o pagamento final das parcelas. A fórmula do Banco Central iguala o valor presente dos pagamentos ao valor liberado, determinando a taxa anualizada.

Desde 2008, o Banco Central do Brasil exige que todas as instituições financeiras informem o CET em suas propostas de crédito para pessoas físicas, reforçado pela Resolução CMN nº 4.881/2020. O consumidor tem direito de receber o CET no momento da contratação e sempre que solicitar esclarecimentos.

Como consultar e comparar o CET

Para tomar decisões inteligentes, o consumidor deve ter acesso fácil ao CET de cada proposta. Veja onde e como consultar esses valores:

  • Contratos: todas as instituições são obrigadas a incluir o CET no contrato.
  • Internet banking e apps: valores disponíveis em portais digitais.
  • Simuladores oficiais: Calculadora do Cidadão (Banco Central) e Procon-SP.
  • Solicitação direta: direito de pedir o CET a qualquer momento.

Ao comparar propostas, utilize sempre o mesmo valor a financiar e o mesmo prazo, garantindo que a comparação entre CETs seja justa e precisa.

Identificando e denunciando CET abusivo

Um CET é considerado abusivo quando ultrapassa cerca de 50% da média de mercado para a mesma modalidade de crédito. Nesse caso, o consumidor pode recorrer ao Procon ou à Justiça para questionar valores excessivos.

As instituições devem detalhar todos os componentes do CET, permitindo ao cliente verificar se há cobranças irregulares. Caso identifique discrepâncias ou valores acima do padrão, é possível exigir correções ou até mesmo renegociar o contrato.

Dicas práticas para escolher o melhor crédito

Para não cair em armadilhas e reduzir seus custos financeiros, adote as seguintes práticas:

  • Nunca avalie apenas a taxa de juros: priorize o CET.
  • Peça detalhamento de todas as taxas, seguros e impostos.
  • Leia o contrato com atenção e questione dúvidas.
  • Considere a portabilidade para reduzir custos futuros.
  • Compare ofertas usando simuladores oficiais.

Diferença entre taxa de juros e CET

A taxa de juros refere-se apenas ao percentual básico cobrado pelo empréstimo, sem incluir outras despesas. Já o CET representa o valor total efetivo do crédito, incorporando tarifas, impostos, seguros e demais encargos.

Por isso, uma oferta de crédito com juros aparentemente baixos pode se tornar mais cara se o CET for elevado. Conhecer essa diferença é essencial para tomar decisões financeiras acertadas e evitar surpresas no orçamento.

Conclusão

Entender o CET é fundamental para qualquer pessoa que busque empréstimos ou financiamentos. Ao considerar todos os custos envolvidos em um contrato, o consumidor garante maior transparência e segurança nas suas finanças.

Com as práticas e dicas apresentadas, você estará preparado para comparar ofertas, identificar abusos e encontrar a alternativa mais vantajosa. Assim, será possível planejar seu futuro financeiro com mais clareza e confiança.

Maryella Faratro

Sobre o Autor: Maryella Faratro

Maryella Faratro